terça-feira, 10 de agosto de 2010

Desafio 6: Travessia Mãe Catira para Sete

Dizem que agosto é o mês do cachorro louco, e parece que no dia primeiro dia deste mês resolvemos aceitar a fama e enfrentamos uma trilha mais fechada acreditando que desta vez a meteorologia estaria errada. Apesar dos três ou quatro últimos dias terem um céu de brigadeiro, muito azul e com o sol numa temperatura bacana. As previsões diziam que a frente fria vinda do sul chegaria justamente no domingo, apesar de um vento constante vindo de noroeste. Esse encontro traria pancadas de chuva forte e trovoadas. Mesmo assim, resolvemos embarcar para lá, eu, Jeep, Baby e o aspirante Ulisses, para ver se no pé do morro a coisa estaria diferente. Pequenos raios de sol iluminavam parte da estrada e uma neblina que podia ser o presságio de uma possível trégua do tempo nos fizeram jogar as mochilas nas costas e encarar a subida. Dessa vez tivemos a fiel companhia dos cachorros do sítio. Quem estava por lá era o Milton, ajudando a cuidar da propriedade porque o bom caseiro Espalha Brasa, estava fazendo alguns exames médicos na cidade. Demos apelidos a nossa tropa de cães: o Preto, a Marrom e o Mestiço. A subida começou fria, porque o nevoeiro tomou conta, mas seguimos em frente. Em relação à primeira vez que estivemos ali, percebemos que a subida estava num ritmo melhor, pois tínhamos um grupo bem menor e não fizemos o trecho de estrada. Chegamos rápido à cachoeira, com cerca de 45 minutos. Paramos alguns momentos e tocamos em frente. Algumas partes que sentimos dificuldade de identificar a trilha da outra vez identificamos com nossas fitas alaranjadas. Com pouco mais de 3 horas chegamos ao falso cume, onde paramos da outra vez e realizamos o batismo da segunda turma de minhocas. Desta vez seguimos em frente contornando em direção ao verdadeiro cume, mas novamente à nossa volta só enxergávamos o branco do nevoeiro.
O vento aumentou e já sentíamos uma fina garoa. Como a vegetação ali é mais baixa, porém fechada, começamos a ficar com as calças molhadas pelo orvalho.Seguimos em frente e chegamos até o marco geodésico, ponto de triangulação encravado no cume do Mãe Catira. Uma rápida pausa, já com uma chuva um pouco mais volumosas resolvemos continuar em frente e começamos a descida em direção ao Sete. Ali a trilha é um pouco mais difícil de perceber, é importante permanecer atento para não errar. Deixamos alguns marcos a mais com nossas fitas, mas devemos confessar que a presença da tropa de cães auxiliou bastante, pois comportaram-se como verdadeiros guias. Mais de 30 minutos a mais de caminhada, ainda descendo, a chuva apertou e foi a hora de definir por abortar a finalização da travessia. A chuva demonstrava que iria apertar ainda mais e a subida de retorno ficaria comprometida. Com o consenso de todos, iniciamos o retorno com a promessa de voltar num dia seco e finalizar a travessia, já que tivemos novamente tempo ruim para as fotos que o lugar merece. Fechamos a trilha com 18 km no total, sempre acompanhados fielmente pela tropa de cães que tiveram sua recompensa quando, finalmente, paramos na cachoeira na volta para comer nosso lanche, mesmo com a chuva que caia. Como disse o aspirante Ulisses: "não chegamos no Sete, mas foi Seis e Meio", ficou a sensação de um Mãe Catira bem cumprido, mas o gostinho de quero mais para chegarmos no Sete, em breve.

Foto: Baby, Ulisses, Jeep e Gandalf

Gandalf
Minhocas Uh Ha Ha!


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